Festival reúne artistas em mutirão do hip hop
Criolo ganhou respaldo de medalhões da MPB, com direito a participação especial de Caetano Veloso em seu show. Já com Emicida, foi o craque do Santos Neymar que deu o ar de sua graça fazendo uma pontinha como ator no clipe “Zica, Vai Lá!”. Em bom momento, o rap finalmente parece ter ultrapassado o seu nicho para se firmar como estilo no cenário musical nacional.“Artistas como Criolo e Emicida estão experimentando uma boa fase, mas isso não se traduz para o gênero como um todo. O próprio Criolo demorou 20 anos para ser ‘revelação’. Eu acho muito engraçado que eu vivi toda essa evolução. O rap sempre foi tachado como música de ladrão, sofria discriminação, não tinha espaço. Agora, como a onda do momento é a favela, começa a ganhar espaço. A periferia ‘tá’ na moda, né? Mas o rap tem história, se ele ‘tá’ chamando atenção é por merecimento”, define o rapper Bruno B.O, 33 anos.
A comprovação dessa conquista se evidencia na trajetória de Bruno. No começo da década de 1990, o músico paraense iniciou como vocalista da banda de hardcore Carmina Burana, até descambar para o rap, como MC no grupo pioneiro do rap em Belém, o MBGC. Com 17 anos de carreira, tornou-se uma das principais referências do estilo no Estado, gravando com nomes como Gaby Amarantos.
“Infelizmente, a mídia, o grande público ainda não reconhece o rap como uma expressão legítima da música paraense. Existem algumas expressões mais o ritmo é visto como algo de fora, um ritmo americanizado ou paulista”, conta.
UNIÃO
O evento será uma espécie de mutirão do rap. Em vez de cobrar cachê, cada artista envolvido pagou uma taxa de R$ 30 para arrecadar fundos para a realização do festival, que terá entrada franca.
“Queremos que a comunidade tenha acesso, que conheça as bandas. Inclusive os CDs e material que as bandas forem comercializar durante o evento serão tabelados para que sejam bem acessíveis. Não vão passar de R$ 10”, conta Crânio, integrante do Aliados MC’s, um dos idealizadores do projeto ao lado de Black, do Quadrilha Ghettus Clã.
Crânio é outro veterano do rap em Belém. Com onze anos de estrada à frente do Aliados MC’s, o grupo composto pelo DJ Fantasma, MC Bill, Zona MC e Mac Beat, tem um CD gravado, o “A Munição Não Está no Pente, Mas Sim na Mente” (2009), pelo selo Ná Music. Agora se preparam para lançar dois trabalhos novos, um CD de regravações e sobras de estúdio, outro de inéditas, além de um videoclipe, todos previstos para sair no segundo semestre. “Existe muita gente gravando, muitos grupos novos abraçando o rap, somos exemplo disso. Depois de tanto tempo batalhando pelo primeiro disco, vamos lançar três produtos de uma vez”, avalia.
Diversidade: estilos vão do gospel ao gangsta
A diversidade também se dá no estilo das bandas. O festival vai reunir no mesmo palco desde grupos de rap romântico, passando pelo gospel, até chegar no gangsta, estilo mais agressivo, que explora a denúncia social em suas letras.
O duo Cronistas de Rua tem um estilo que poderia se caracterizar como experimental. Formado pelos rappers Alonso Nugoli, Dime e o DJ Pro Efx, o grupo chama atenção pelo uso da técnica de percussão vocal conhecida como “beatbox”. “Metade da apresentação é feita em cima das bases produzidas e a outra metade com o beatbox. Existe muito improviso, eu uso a boca, o peito para tirar som”, conta Alonso.
Formado no ano passado, o Cronistas utiliza batidas mais voltadas para as raízes africanas, como tambor de mina e capoeira. O grupo, que está em fase de pré-produção do primeiro trabalho, recentemente se apresentou como parte da programação extra-oficial do Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. “Não falta muito pra gente cair no gosto do povo, basta divulgação, basta ter a chance de escutarem a gente”, prevê Nugoli.
NÃO PERCA
O 1° Hip Hop Pará Festival acontece hoje, a partir das 15h, na Associação dos Moradores do bairro Castanheira (Rua Mariano, nº212, Entroncamento) Entrada franca. Atrações: Bruno B.O, Quadrilha Ghettus Clã, Aliados Mc’s, Lobão & Aice, D-Luca Rapper, Vitinho do Norte, Máfia da Baixada, Revolução do Norte, Cronistas de Rua, Kalibre Sagrado, V.N., Morcegão, Fantasma e Gus.
A comprovação dessa conquista se evidencia na trajetória de Bruno. No começo da década de 1990, o músico paraense iniciou como vocalista da banda de hardcore Carmina Burana, até descambar para o rap, como MC no grupo pioneiro do rap em Belém, o MBGC. Com 17 anos de carreira, tornou-se uma das principais referências do estilo no Estado, gravando com nomes como Gaby Amarantos.
“Infelizmente, a mídia, o grande público ainda não reconhece o rap como uma expressão legítima da música paraense. Existem algumas expressões mais o ritmo é visto como algo de fora, um ritmo americanizado ou paulista”, conta.
UNIÃO
O evento será uma espécie de mutirão do rap. Em vez de cobrar cachê, cada artista envolvido pagou uma taxa de R$ 30 para arrecadar fundos para a realização do festival, que terá entrada franca.
“Queremos que a comunidade tenha acesso, que conheça as bandas. Inclusive os CDs e material que as bandas forem comercializar durante o evento serão tabelados para que sejam bem acessíveis. Não vão passar de R$ 10”, conta Crânio, integrante do Aliados MC’s, um dos idealizadores do projeto ao lado de Black, do Quadrilha Ghettus Clã.
Crânio é outro veterano do rap em Belém. Com onze anos de estrada à frente do Aliados MC’s, o grupo composto pelo DJ Fantasma, MC Bill, Zona MC e Mac Beat, tem um CD gravado, o “A Munição Não Está no Pente, Mas Sim na Mente” (2009), pelo selo Ná Music. Agora se preparam para lançar dois trabalhos novos, um CD de regravações e sobras de estúdio, outro de inéditas, além de um videoclipe, todos previstos para sair no segundo semestre. “Existe muita gente gravando, muitos grupos novos abraçando o rap, somos exemplo disso. Depois de tanto tempo batalhando pelo primeiro disco, vamos lançar três produtos de uma vez”, avalia.
Diversidade: estilos vão do gospel ao gangsta
A diversidade também se dá no estilo das bandas. O festival vai reunir no mesmo palco desde grupos de rap romântico, passando pelo gospel, até chegar no gangsta, estilo mais agressivo, que explora a denúncia social em suas letras.
O duo Cronistas de Rua tem um estilo que poderia se caracterizar como experimental. Formado pelos rappers Alonso Nugoli, Dime e o DJ Pro Efx, o grupo chama atenção pelo uso da técnica de percussão vocal conhecida como “beatbox”. “Metade da apresentação é feita em cima das bases produzidas e a outra metade com o beatbox. Existe muito improviso, eu uso a boca, o peito para tirar som”, conta Alonso.
Formado no ano passado, o Cronistas utiliza batidas mais voltadas para as raízes africanas, como tambor de mina e capoeira. O grupo, que está em fase de pré-produção do primeiro trabalho, recentemente se apresentou como parte da programação extra-oficial do Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. “Não falta muito pra gente cair no gosto do povo, basta divulgação, basta ter a chance de escutarem a gente”, prevê Nugoli.
NÃO PERCA
O 1° Hip Hop Pará Festival acontece hoje, a partir das 15h, na Associação dos Moradores do bairro Castanheira (Rua Mariano, nº212, Entroncamento) Entrada franca. Atrações: Bruno B.O, Quadrilha Ghettus Clã, Aliados Mc’s, Lobão & Aice, D-Luca Rapper, Vitinho do Norte, Máfia da Baixada, Revolução do Norte, Cronistas de Rua, Kalibre Sagrado, V.N., Morcegão, Fantasma e Gus.
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