terça-feira, 24 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
sábado, 21 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
10ª “batalha da amizade” acontece de sexta a domingo em RC!
10ª “batalha da amizade” acontece de sexta a domingo em RC
Rio Claro realiza neste fim de semana a 10ª Edição da “Batalha da Amizade”, no Centro Cultural de Rio Claro. O evento tem como objetivo difundir a cultura Hip Hop no interior paulista com apresentações e oficinas de dança de rua, música (rap e DJ) e Artes Visuais (grafite). Nesta sexta (20), a abertura será às 19 horas. No sábado e domingo a programação, que é aberta ao público, começa de manhã, às 8 horas e às 9 horas, respectivamente.
Como nas três edições anteriores, em 2012 o evento tem o apoio da prefeitura por intermédio da Assessoria de Juventude, Secretaria de Governo e Secretaria de Cultura, em parceria com o Centro de Voluntariado de Rio Claro – Ponto de Cultura Rio Claro Cidade Viva.
A “Batalha da Amizade” cresceu e se fortaleceu ao longo dos anos. Atualmente compõe o calendário nacional de campeonatos de breaking e é referência internacional - neste ano houve inscrições de dançarinos e dançarinas de países da América Latina. Desde 2004 a “Batalha da Amizade” vem sendo organizada também em outros municípios além de Rio Claro, como Piracicaba, Aguaí, Jaboticabal e Sumaré. Na edição de 2011 participaram da “Batalha da Amizade” 48 Equipes de Breaking (conhecidas como “Crews”), com representantes de mais de 50 municípios de seis estados do país.
Devido à comemoração dos 10 anos de realização, para a edição deste ano o evento contará com exposição fotográfica em homenagem aos que participam da organização desde o início. A mostra esteve no Arquivo Público Municipal no último sábado (dia 14) durante o Bate-Papo Cultural com Zulu Betinho falando sobre o Hip Hop, e também pôde ser vista ao longo desta semana no saguão do Paço Municipal.
O evento de 10 anos também será marcado pela ampliação do espaço de participação das mulheres. As B’Girls (dançarinas de breaking) serão as mais bem remuneradas em premiação durante as atividades. Outro fator marcante neste ano é a proposta de A Batalha da Amizade passar a ser um projeto cultural desenvolvido ao longo do ano com oficinas, formações e capacitações a partir da ‘Casa da Amizade’, localizada no bairro Novo Wenzel e vinculada à instituição ‘Centro de Voluntariado de Rio Claro – Ponto de Cultura Rio Claro Cidade Viva’, com apoio da Secretaria Municipal de Ação Social.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
terça-feira, 17 de julho de 2012
Grupo 5º Naipe lança CD “Onde está seu coração?”, com participações de Dj Alpiste e Dani Grace!
Grupo 5º Naipe lança CD “Onde está seu coração?”, com participações de Dj Alpiste e Dani Grace
O grupo de rap 5º Naipe está lançando seu segundo CD da carreira, “Onde está seu coração”, com participação de Dani Grace, Mano Reco, Mano Axé e Dj Pow, Nego Jam, Érika Hansen (backing vocal de Ton Carfi e ministério Trazendo a Arca) e Dj Alpiste.
O repertório do CD é formado por onze faixas mais a introdução, e foi produzido pelo Dj Fjay, do Ao Cubo e gravado no estúdio de Duck Jam, conceituado produtor na cena hip-hop nacional, de acordo com informações da assessoria de imprensa do grupo.
O 5º Naipe está na estrada desde 2006, formado por Rivaci, TH, Dj Tavekz, Tiago Mattos e Donato Mateus (backing vocal). O nome do grupo transmite o conceito de “nova carta no jogo”, de acordo com informações da assessoria de imprensa da banda.
Confira as faixas do CD:
01 – Intro
02 – Onde está seu coração? (participação Dany Grace e Mano Reco)
03 – Covertido
04 – Entre cédulas e pétalas ( participação Nego Jam)
05 – Amor além dos muros
06 – Algo Especial
07 – Só Deus é seu amigo
08 – De pé na fé (participação Império Z/O)
09 – Descanse em Paz
10 – Caminho de espinhos (participação Erika Hansen)
11 – Se quiser venha comigo (participação Dj Alpiste)
12 – Até o final
02 – Onde está seu coração? (participação Dany Grace e Mano Reco)
03 – Covertido
04 – Entre cédulas e pétalas ( participação Nego Jam)
05 – Amor além dos muros
06 – Algo Especial
07 – Só Deus é seu amigo
08 – De pé na fé (participação Império Z/O)
09 – Descanse em Paz
10 – Caminho de espinhos (participação Erika Hansen)
11 – Se quiser venha comigo (participação Dj Alpiste)
12 – Até o final
Ex-ator mirim grava CD de rap e diz não ter talento para atuar!
Eduardo Caldas tinha apenas 6 anos de idade quando estreou na TV, na pele de Alvinho, de “Felicidade” (1991). Durante dez anos trabalhou sem parar na televisão, chegando a ser considerado o maior ator mirim da sua geração. Mas foi preciso ganhar um disco de presente da mãe para descobrir que ficava mais empolgado em ouvir músicas do que gravar novelas. Resultado: jogou tudo para o alto em busca do seu verdadeiro sonho. Hoje, com 27 anos, Eduardo Albuquerque ou Dudu, como é conhecido, prepara um CD solo de rap e diz que não se arrepende da decisão tomada há uma década.
“Estava com 16 anos, tendo saído da novela para novela desde os 6. Atuar é legal, acho uma arte muito interessante, nobre. Mas acho que não tenho mais talento para isso. Fiz uma belíssima história como ator, não teria mais nada para conquistar: vim, vi e venci. Deixei a coroa para outro pegar”, justifica o rapaz, cujo um dos últimos trabalhos na TV pode ser revisto no canal Viva, na reprise de “Chiquinha Gonzaga (1999)”.
Ao lado de Tatyane Goulart, em sua estreia na TV, na novela "Felicidade" Foto: Arquivo/TV Globo
A vida agitada de gravações e compromissos de antes não chega a ser tão diferente da que tem hoje. Formado em Cinema, Eduardo dá expediente como coordenador audiovisual do Fluminense, finaliza o roteiro de um longa-metragem (a comédia “A esperança é a última que morre”, a ser filmado em janeiro com direção de Calvito Leal) e produz o próprio disco com músicas que mostram muito da sua intimidade.
“O CD fala sobre o meu renascimento após 2010, onde terminei um relacionamento intenso de três anos, e tive problemas sérios com um ex-sócio. Saí de casa, do confortável Leblon, para morar sozinho no Jardim Botânico. Claramente, ali morreu um Eduardo e nasceu um novo, pois tinha feito diversos planos, e a vida me disse não”, desabafa. “Agora, estou muito animado. Esse CD é a melhor coisa que já fiz na vida”.
Foto: Gravando o novo CD de rap
Autor de todas as canções do seu disco, que se chamará Pio X ("Nome da praça onde moro e inspiração da minha vida”, explica), o ex-ator mirim hoje usa o nome Reverendo ("apelido de adolescência e quase um persoangem"), e diz que escolheu o estilo rap por acreditar que é “muito bom com as palavras”.
“A mensagem é muito mais útil. É quase autoajuda. Meu sonho era ter a Fafá de Belém cantando na última faixa. Mas é sonho, né. Adoro ela”, brinca ele, aproveitando para esclarecer que uma polêmica entrevista que circula há anos na internet envolvendo o seu nome é completamente falsa. “Um bando de verosimilhança colocada junta de uma maneira engraçada. Internet, né?”.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
AGENDA CULTURAL!
AGENDA CULTURAL
HIP HOP na Periferia
Confira a programação de hip hop que acontece na periferia da cidade de São Paulo:
REDUTO DO RAP
Esta atividade idealizada pelo Coletivo NusCorre surgiu numa época em que a maioria das festas de rap estavam acontecendo no centro da cidade e existia uma lacuna de eventos de Hip Hop na periferia, refletindo sobre essa questão o coletivo criou o Reduto do Rap para que os jovens pudessem ter uma referência deste estilo musical. Haverá também performance de DJ convidado. Acontece quinzenalmente aos sábados. Dia 14 – Convidados: Sempre Acima Crew e Conteúdo Majestoso.
Dia 28 – Convidados: AR2 e Jota R Dias 14 e 28 (sábados), das 19h às 00h30. Rua Padre Justino Lombardi, 261. Pirituba, Zona Oeste. Entrada franca. (11)8063- 5683/6683-3443.
GRUPO U-CLÃN LANÇA CD
A Todo Vapor é o título do primeiro álbum do grupo U-Clãn, formado em 2008, no Campo Limpo, pelos integrantes: Fish, Rafa, Chegado Negão e Karlinho Lima. A festa de lançamento com a participação dos convidados: Terra Preta, Mente Oposta, Gaspar
e Dj Tano (Z’África Brasil). Discotecagem com os DJ’s: Kula, DR Jay e ADS. Dia 08 (domingo), a partir das 13h. Associação Comunitária SAJU – Rua Franklin Távora, 433. Jardim Umuarama, Campo Limpo, Zona Sul. Entrada franca.www.grupouclan.blogspot.com.
PROJETO RADIOLA
Este projeto surgiu em 2008 idealizado por Dj Jorge Cuts com os amigos Itamar, Willian Santos, Rogério Reis e Grilo. Esta atividade apresenta vários ritmos da música negra como soul, funk, hip hop, entre outros gêneros. Acontece no 3º domingo do mês. DJ’ Residentes: Itamar e Grilo. DJ’ Convidados: Tati Laser e David WS. Dia 15 (domingo), das 16h às 23h. Stalleiro Bar & Restaurante – Av. Atlântica, nº 2.245, Interlagos. Zona Sul. Entrada R$ 10,00. (11) 8115-3093. http://projetoradiola.blogspot.com/.
ENSAIAÇO
Esta atividade teve inicio em julho de 2010, idealizada pelo escritor Ferréz e consiste em um ensaio livre para grupos e amantes do Hip Hop para que possam compartilhar suas produções e trocar experiências musicais no Estúdio 1DaSul. Acontece
na última sexta-feira do mês. Dia 27 (sexta-feira), a partir das 19h. Estúdio 1DaSul – Rua Grissom,80. Capão Redondo, Zona Sul. Entrada franca. (11) 5512-7488. http://ensaiaco.blogspot.com.
HIP HOP EM AÇÃO
A Casa do Hip Hop em Diadema, com 12 anos de lutas, conquistas e resistência, é a primeira criada no Brasil e visa o fortalecimento da Cultura Hip Hop através da difusão dos elementos (Mc, Dj, Breaking e Graffiti). Uma das atividades permanentes é o Hip Hop em Ação, todo último sábado do mês. Dia 28 (sábado), das 13h às 20h. Casa do Hip Hop – Rua 24
de Maio, 38 – Jd. Canhema. Diadema. Entrada franca. (11) 4075- 3792. www.acasadohiphop.blogspot.com.
ENCONTRO RAP
O projeto convida grupos de rap de diversas regiões de São Paulo para que possam apresentar suas músicas. A atividade promove um encontro da Cultura Hip Hop por meio do elemento rap e da comunidade. Acontece no último domingo do mês.
Dia 29 (domingo),16h. Sedinha do Galo Real – Rua Gaita de Folias, 385. Altura do nº 3631 da Estrada do M Boi Mirim.
Jardim Ângela, Zona Sul. Entrada franca.. (11)9391-3503/ 9115-9248. favelanopodio@hotmail.com.
terça-feira, 10 de julho de 2012
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Festival reúne artistas em mutirão do hip hop!
Festival reúne artistas em mutirão do hip hop
Criolo ganhou respaldo de medalhões da MPB, com direito a participação especial de Caetano Veloso em seu show. Já com Emicida, foi o craque do Santos Neymar que deu o ar de sua graça fazendo uma pontinha como ator no clipe “Zica, Vai Lá!”. Em bom momento, o rap finalmente parece ter ultrapassado o seu nicho para se firmar como estilo no cenário musical nacional.“Artistas como Criolo e Emicida estão experimentando uma boa fase, mas isso não se traduz para o gênero como um todo. O próprio Criolo demorou 20 anos para ser ‘revelação’. Eu acho muito engraçado que eu vivi toda essa evolução. O rap sempre foi tachado como música de ladrão, sofria discriminação, não tinha espaço. Agora, como a onda do momento é a favela, começa a ganhar espaço. A periferia ‘tá’ na moda, né? Mas o rap tem história, se ele ‘tá’ chamando atenção é por merecimento”, define o rapper Bruno B.O, 33 anos.
A comprovação dessa conquista se evidencia na trajetória de Bruno. No começo da década de 1990, o músico paraense iniciou como vocalista da banda de hardcore Carmina Burana, até descambar para o rap, como MC no grupo pioneiro do rap em Belém, o MBGC. Com 17 anos de carreira, tornou-se uma das principais referências do estilo no Estado, gravando com nomes como Gaby Amarantos.
“Infelizmente, a mídia, o grande público ainda não reconhece o rap como uma expressão legítima da música paraense. Existem algumas expressões mais o ritmo é visto como algo de fora, um ritmo americanizado ou paulista”, conta.
UNIÃO
O evento será uma espécie de mutirão do rap. Em vez de cobrar cachê, cada artista envolvido pagou uma taxa de R$ 30 para arrecadar fundos para a realização do festival, que terá entrada franca.
“Queremos que a comunidade tenha acesso, que conheça as bandas. Inclusive os CDs e material que as bandas forem comercializar durante o evento serão tabelados para que sejam bem acessíveis. Não vão passar de R$ 10”, conta Crânio, integrante do Aliados MC’s, um dos idealizadores do projeto ao lado de Black, do Quadrilha Ghettus Clã.
Crânio é outro veterano do rap em Belém. Com onze anos de estrada à frente do Aliados MC’s, o grupo composto pelo DJ Fantasma, MC Bill, Zona MC e Mac Beat, tem um CD gravado, o “A Munição Não Está no Pente, Mas Sim na Mente” (2009), pelo selo Ná Music. Agora se preparam para lançar dois trabalhos novos, um CD de regravações e sobras de estúdio, outro de inéditas, além de um videoclipe, todos previstos para sair no segundo semestre. “Existe muita gente gravando, muitos grupos novos abraçando o rap, somos exemplo disso. Depois de tanto tempo batalhando pelo primeiro disco, vamos lançar três produtos de uma vez”, avalia.
Diversidade: estilos vão do gospel ao gangsta
A diversidade também se dá no estilo das bandas. O festival vai reunir no mesmo palco desde grupos de rap romântico, passando pelo gospel, até chegar no gangsta, estilo mais agressivo, que explora a denúncia social em suas letras.
O duo Cronistas de Rua tem um estilo que poderia se caracterizar como experimental. Formado pelos rappers Alonso Nugoli, Dime e o DJ Pro Efx, o grupo chama atenção pelo uso da técnica de percussão vocal conhecida como “beatbox”. “Metade da apresentação é feita em cima das bases produzidas e a outra metade com o beatbox. Existe muito improviso, eu uso a boca, o peito para tirar som”, conta Alonso.
Formado no ano passado, o Cronistas utiliza batidas mais voltadas para as raízes africanas, como tambor de mina e capoeira. O grupo, que está em fase de pré-produção do primeiro trabalho, recentemente se apresentou como parte da programação extra-oficial do Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. “Não falta muito pra gente cair no gosto do povo, basta divulgação, basta ter a chance de escutarem a gente”, prevê Nugoli.
NÃO PERCA
O 1° Hip Hop Pará Festival acontece hoje, a partir das 15h, na Associação dos Moradores do bairro Castanheira (Rua Mariano, nº212, Entroncamento) Entrada franca. Atrações: Bruno B.O, Quadrilha Ghettus Clã, Aliados Mc’s, Lobão & Aice, D-Luca Rapper, Vitinho do Norte, Máfia da Baixada, Revolução do Norte, Cronistas de Rua, Kalibre Sagrado, V.N., Morcegão, Fantasma e Gus.
A comprovação dessa conquista se evidencia na trajetória de Bruno. No começo da década de 1990, o músico paraense iniciou como vocalista da banda de hardcore Carmina Burana, até descambar para o rap, como MC no grupo pioneiro do rap em Belém, o MBGC. Com 17 anos de carreira, tornou-se uma das principais referências do estilo no Estado, gravando com nomes como Gaby Amarantos.
“Infelizmente, a mídia, o grande público ainda não reconhece o rap como uma expressão legítima da música paraense. Existem algumas expressões mais o ritmo é visto como algo de fora, um ritmo americanizado ou paulista”, conta.
UNIÃO
O evento será uma espécie de mutirão do rap. Em vez de cobrar cachê, cada artista envolvido pagou uma taxa de R$ 30 para arrecadar fundos para a realização do festival, que terá entrada franca.
“Queremos que a comunidade tenha acesso, que conheça as bandas. Inclusive os CDs e material que as bandas forem comercializar durante o evento serão tabelados para que sejam bem acessíveis. Não vão passar de R$ 10”, conta Crânio, integrante do Aliados MC’s, um dos idealizadores do projeto ao lado de Black, do Quadrilha Ghettus Clã.
Crânio é outro veterano do rap em Belém. Com onze anos de estrada à frente do Aliados MC’s, o grupo composto pelo DJ Fantasma, MC Bill, Zona MC e Mac Beat, tem um CD gravado, o “A Munição Não Está no Pente, Mas Sim na Mente” (2009), pelo selo Ná Music. Agora se preparam para lançar dois trabalhos novos, um CD de regravações e sobras de estúdio, outro de inéditas, além de um videoclipe, todos previstos para sair no segundo semestre. “Existe muita gente gravando, muitos grupos novos abraçando o rap, somos exemplo disso. Depois de tanto tempo batalhando pelo primeiro disco, vamos lançar três produtos de uma vez”, avalia.
Diversidade: estilos vão do gospel ao gangsta
A diversidade também se dá no estilo das bandas. O festival vai reunir no mesmo palco desde grupos de rap romântico, passando pelo gospel, até chegar no gangsta, estilo mais agressivo, que explora a denúncia social em suas letras.
O duo Cronistas de Rua tem um estilo que poderia se caracterizar como experimental. Formado pelos rappers Alonso Nugoli, Dime e o DJ Pro Efx, o grupo chama atenção pelo uso da técnica de percussão vocal conhecida como “beatbox”. “Metade da apresentação é feita em cima das bases produzidas e a outra metade com o beatbox. Existe muito improviso, eu uso a boca, o peito para tirar som”, conta Alonso.
Formado no ano passado, o Cronistas utiliza batidas mais voltadas para as raízes africanas, como tambor de mina e capoeira. O grupo, que está em fase de pré-produção do primeiro trabalho, recentemente se apresentou como parte da programação extra-oficial do Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. “Não falta muito pra gente cair no gosto do povo, basta divulgação, basta ter a chance de escutarem a gente”, prevê Nugoli.
NÃO PERCA
O 1° Hip Hop Pará Festival acontece hoje, a partir das 15h, na Associação dos Moradores do bairro Castanheira (Rua Mariano, nº212, Entroncamento) Entrada franca. Atrações: Bruno B.O, Quadrilha Ghettus Clã, Aliados Mc’s, Lobão & Aice, D-Luca Rapper, Vitinho do Norte, Máfia da Baixada, Revolução do Norte, Cronistas de Rua, Kalibre Sagrado, V.N., Morcegão, Fantasma e Gus.
Escritor multimídia, Ferréz fala sobre seu novo livro: "Este trampo, só escrevi inspirado"
Escritor multimídia, Ferréz fala sobre seu novo livro: "Este trampo, só escrevi inspirado"
Ferréz lança o livro Deus Foi Almoçar
9 fotos no álbum
O Capão Redondo, cenário dos seus primeiros romances e bairro onde mora, vive uma efervescência cultural por meio dos saraus literários que ele próprio ajudou a criar. No entanto, a localidade fica em segundo plano em Deus Foi Almoçar. O romance conta a história de um homem comum chamado Calixto, nem rico e nem pobre. Abandonado gradativamente pela família, ele não consegue se envolver com as pessoas e tampouco sabe reagir aos seus problemas.
Com esse personagem vitimado e de aspectos psicológicos profundos, o escritor espera mostrar um trabalho literário livre de estereótipos artísticos. Ainda assim, quem espera que o multimídia Ferréz esteja distante da militância e do tema que o consagrou nos livros Capão Pecado e Manual Prático do Ódio se engana.
Vale destacar, ainda, os trabalhos de Ferréz como roteirista dos seriados Cidades dos Homens(Rede Globo) e 9mm (Fox), além de traduções de suas obras para Portugal, Itália, Alemanha, Espanha e Estados Unidos.
Ferréz falou, em entrevista para o Virgula Diversão, sobre os inúmeros projetos que tem desenvolvido: Uma nova HQ, o lançamento de um CD de poesias recitadas, um novo livro infantil chamado O Pote Mágico, roteiro para o cinema, além da organização de ações educativas para crianças do Capão Redondo por meio da ONG Interferência.
Deus Foi Almoçar fala de conflitos psicológicos e não trata de assuntos específicos da periferia. O Ferréz mudou ou a periferia mudou?
Os dois. Eu sempre fui contra a mesmice. Ser um cara igual a todo mundo me incomoda. Fiz muitos trabalhos falando da periferia e a minha visão do que era a realidade daqui. Deus foi Almoçar é um livro de libertação do meu jeito de escrever. Algumas pessoas me cobravam, pois não enxergavam a influência explícita do Hermann Hesse, Flaubert e outros caras que eu costumo citar, por exemplo. Só que a literatura boa, aquela que você pega influências e devolve de uma forma nova e inspirada, demora anos. Esse trampo eu tenho orgulho de dizer que só escrevi inspirado.
Quais foram suas influências na produção de Deus Foi Almoçar?
Quando eu terminei de escrever o Manual Prático do Ódio me veio a ideia de fazer um romance com apenas um personagem. Era um desafio. No Deus Foi Almoçar, embora existam outros personagens, eu consegui desenvolver a parte psicológica do Calixto. No livro, você encontra referências de Hemingway, Lourenço Mutarelli, Machado de Assis, Lima Barreto. É um livro de desafio. Eu gosto de séries como Lost e Arquivo X, que me influenciaram também. Eu quis, propositalmente, que o livro remetesse a outras mídias. É da hora você saber que o cara parou a leitura do livro para pesquisar e descobriu que o nome da rua do livro tem o nome do livro do Hermann Hesse. E a inspiração chegava em vários momentos. No bar do Nildo, andando nas ruas, tá ligado?
Por esse motivo o romance demorou um pouco mais que os anteriores para ser produzido?
Sim. Demorou para terminar porque em nenhum momento eu parei pra escrever sem inspiração. Vinha o bagulho e eu colocava as ideias do Calixto. Eu mostrei um trecho para o Paulo Lins, e ele me disse: "Nossa mano, mas tá difícil isso viu... Você vai levar bordoada lá na quebrada..." (risos). Eu quis fazer um livro que ficasse com a pessoa quando ela terminasse de ler, assim como os livros do John Fante estão na minha cabeça. Um livro do John Fante nunca sai de você. Quando eu contei a história do Deus Foi Almoçar pra algumas pessoas à minha volta, depois de um tempo elas me diziam: "Mano, eu vi um cara ontem mexendo na chave com a mão no bolso e lembrei do Calixto." É justamente isso que eu espero.
Você já teve medo de ser conhecido como o autor de um único tema?
Não. Deus Foi Almoçar tem protesto, por exemplo, só que em forma diferenciada. É outra fita, porque eu queria me libertar no romance. O assunto é pesado. Eu moro no lugar, participo das atividades do lugar, escrevo rap. No livro eu quis mostrar outro tipo de conflito. As pessoas não podem achar que um cara da periferia só vai cantar um samba, pintar um quadro, fazer um filme porque tem o tema da periferia presente e se apropria do lado social. Independente da minha militância, eu tenho um lado artístico que posso desenvolver com criatividade e competência. O livro Deus Foi Almoçar é isso. Não tem a favela, nem cara que mata. Tem um autor da quebrada fazendo literatura.
Você acredita que ser conhecido pode trazer inimizades gratuitas?
Pode trazer inimizades, mas também traz admiradores. Recentemente, estava em uma produtora, um local mais elitizado, e uns caras falaram: “Quem é esse Alessandro Buzo que você tanto fala?”. Em seguida, outro respondeu: “É aquele cara que vive de boné, que fala de pontos culturais de várias favelas.” Olha a visão do cara: “pontos culturais de várias favelas”. O Buzo fazendo esse trabalho mostra que tem cultura na favela, só isso já eterniza o trabalho dele. Ele não está ali para mostrar a biqueira (gíria para ponto de tráfico), cara morto, pelo contrario. É assim: “Estamos aqui na Brasilândia para mostrar o trabalho da Periferia Ativa”. O que ele faz é um grande trabalho. Quantos jornalistas falam que não tem pauta na periferia? Você acha que não tem jornalista apostando que ele vai ficar sem pauta? Por outro lado, tem gente que o questiona por estar na Globo, e eu defendo. Você já parou para pensar na história desse cara? Eu vi esse cara num cômodo em cima de um córrego no Itaim Paulista. Me fale de alguém que saiu do Itaim Paulista e está apresentando um quadro em um programa jornalístico na Globo, isso sem um curso de jornalismo! Ele teve que escrever e distribuir seus livros até pouco tempo, ele estava na Cultura. Ninguém dava nada para ele e agora ele faz palestras em faculdades de jornalismo.
Além disso, você não faz apenas literatura. Tem o rap, o cinema, os quadrinhos...
Isso é típico de caras da periferia. O meu parceiro desenhista Alexandre de Maio tinha uma revista chamada Rap Brasil em uma editora pequena. Eu ficava vendo o trampo dele e pensava como o cara é um herói. Faz a revista, a diagramação, a arte, tudo. Fiquei admirado. O cara da periferia edita vídeo, desenha, faz diagramação, fotografa, filma e nenhuma dessas qualidades deixa o cara bem de vida (risos). Se o cara de elite faz uma dessas coisas ele vive bem. Eu escrevia piada no site Humor Tadela... pensa esse cara aqui escrevendo 30 piadas por dia para um site... (muitos risos).
Você é colecionador e escritor de quadrinhos e teve experiência na produção de Os Inimigos Não Mandam Flores, desenhado pelo Alexandre de Maio. Atualmente você está trabalhando com algum projeto de quadrinhos?
Eu respeito muito história em quadrinhos. Acho que é um trampo muito difícil de fazer. Eu me meti a fazer Os Inimigos Não Mandam Flores, que vendeu 3 mil exemplares. Foi bem para os padrões de mercado. Era uma trilogia, mas a editora não publicou as outras partes. Eu e o Alexandre de Maio juntamos a história em um livro só. O livro chama Desterro. Talvez a gente publique ainda esse ano. Estamos avaliando propostas.
Você teve experiências como roteirista de TV. Existe pretensão de fazer algo para o cinema?
Eu estou escrevendo um roteiro de filme com meu amigo Marc Bechar. Tenho a impressão que vai surpreender muita gente. Não posso falar muito desse trabalho agora, mas está sendo bem bacana.
Você deixou o rap?
Eu havia dito que largaria o rap ano passado e já estou com quatro músicas feitas com quatro grupos diferentes pra gravar e mais seis músicas pra finalizar as bases... E o rap é o meu contato com os moleques. Fico lá (estúdio 1dasul) tomando café, trocando ideias... Saio de lá feliz pra caralho. A literatura é um lance muito solitário. Além disso, eu criei o projeto Ensaiaço, uma espécie de sarau do rap onde os coletivos ligados ao movimento ensaiam juntos uma vez por mês. Sou o dono da gravadora 1dasul que lança vários grupos de hip hop. Vou lançar um novo CD de poesia riscada com a participação do Zeca Baleiro e do Egypcio do Tijuana, em breve. A verdadeira literatura marginal é o rap.
Como você concilia tantas atividades?
Eu achei uma linha de produção depois de muitos anos entre crônica, contos e rap. O PalavrArmasé um trabalho recente que peguei um conto depois transformei em crônica e depois em uma letra de rap. O Arnaldo Antunes faz algo parecido quando transforma a letra em um livro e depois reorganiza em arte visual. Eu sempre viajei nisso.
Além de todas estas atividades, você tem uma ONG. Quais são as atividades da ONG Interferência?
A ONG Interferência faz atividades de leitura e educação com as crianças no Jardim Comercial. Há mais ou menos umas 120 crianças. O Interferência começou quando eu ganhei o primeiro dinheiro que entrou na loja 1dasul. Eu comprei ovos de páscoa e fiz uma festa. Virou uma tradição. Em cada ano a gente fazia essa festa em uma casa diferente. Depois de um tempo, eu e outro rapaz decidimos comprar uma casa na viela e fazer um trabalho mais abrangente de leitura e educação para crianças. As pessoas do bairro me conhecem pelo Capão Pecado e pela loja 1dasul. Não entenderam o que era o projeto no começo. Coloquei alguns livros e gibis do meu acervo pessoal e dei sequência no projeto. Na primeira semana achei que eu iria morrer. Um pai apareceu na porta da casa perguntando da filha, bravo, dizendo que iria me pegar. Ele não conhecia as atividades que a gente estava fazendo, mesmo com a filha frequentando a casa há um tempo. Quando ele entrou na casa e viu as crianças sentadas, lendo e fazendo as atividades, ele ficou sem graça e me disse: "Poxa cara, desculpa. Eu não sabia que era isso..." No começo eu dava aulas todos os sábados. Depois de um tempo contratamos uma pedagoga.
Qual é o papel da Literatura Marginal na nova cena cultural da periferia?
Não digo que a Literatura Marginal é a responsável pelo sucesso, mas sem dúvida foi uma excelente vitrine. As Edições Toró e o Allan da Rosa, por exemplo, acho da hora. Eles tinham uma caminhada anterior, mas a Literatura Marginal deu um espaço pra eles. O próprio Sergio Vaze a Cooperifa, o Cascão da Trilha. O Garret, por exemplo, participou da revista da Literatura Marginal, enfrentou um período em depressão e atualmente está morando na Europa. A Dona Laura, com os seus 73 anos escreveu o primeiro livro.
O que mudou na cena cultural da periferia?
Uns quinze anos atrás, você chegava nas sedinhas (Centros Comunitários), nos comícios, nos shows de rap pra falar de poesia e pedia espaço pra falar de poesia. Eu pedia pro Thaíde e ele me falava: “Vai lá. Você tem uns 5 minutinhos.” Enquanto eles montavam o equipamento eu ficava lá: “O pensamento que pensa o pensamento...”, e a galera gritava: “Que porra é essa? Cadê o Thaíde? (risos) Não tinha um cenário de literatura, não tinha nem internet.
O que te incentivou a se tornar um escritor?
Meu pai falava: “Filho, estuda. É a única coisa que não vão roubar de você. O resto tudo rouba.” Ele tinha só a 3ª serie. Mesmo assim, ele comprava literatura de cordel. Eu tenho essa imagem bonita na cabeça. Ele pegava o cordel pra ler e ficava: “Jo jojoão aca ca ba o mundo...” Eu aprendi a ler e comecei a me interessar por quadrinhos. Eu pedia pra ler pro meu pai e ficava nós dois ali, bebendo café. Na 1ª série, eu já estava lendo melhor do que ele. Meu pai ficou com vergonha disso e voltou a estudar. No mesmo colégio que eu estava. Ele ficou até a 5ª série. Mesmo cansado do trabalho, ele pegava a pastinha e toda noite ia pra lá estudar. Ele aprendeu a ler melhor. Uma coisa estimulou a outra. Minha mãe, por exemplo, sempre pintou em pano de prato e dava umas cutucadas no meu pai que só a gente entendia. Umas frases assim: “Por mais que você faça isso, o amor reinará nessa casa” (risos). Pequenos atos que fazem toda diferença. Daí fui atrás dos gibis, da música punk, Titãs, Arnaldo Antunes, dos sebos.
Tem mais leitores na periferia hoje?
Sim. Vou lançar meu livro na sexta (6 de julho) aqui na quebrada. Estou conversando com jornalistas daqui. Os meus livros chegaram primeiro na minha loja. Existe um orgulho de dizer de onde é, assumir o cabelo crespo, de ser livre de ser do jeito que se é. A cultura é que traz isso.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Ano De Eleições: Lei Reconhece Hip-Hop Como Movimento Cultural
Ano De Eleições: Lei Reconhece Hip-Hop Como Movimento Cultural
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), sancionou na última quarta-feira (27) a lei que reconhece o hip-hop como movimento cultural musical de caráter popular.
A lei, de autoria do vereador João Mendes de Jesus (PRB), afirma que “os artistas de hip-hop são agentes da cultura popular, e como tal, devem ter seus direitos respeitados”.
Portanto, é proibido qualquer tipo de discriminação ou preconceito, seja social, racial, cultural ou administrativa contra os integrantes do movimento.
Segundo o artigo 4º, compete à prefeitura garantir a realização de eventos como bailes e festas, assegurando ao hip-hop o “mesmo tratamento dado a outras manifestações da mesma natureza, como, por exemplo, o samba.”
A Secretaria Municipal de Cultura já incluía em sua programação o Festival de Hip Hop, que acontece mensalmente no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, e oficinas espalhadas pela cidade.
A assessoria de imprensa da Secretaria diz que continuará promovendo o hip-hop como “qualquer manifestação cultural, sem qualquer discriminação, mantendo-se sempre focada na difusão da cultura na nossa cidade”.
O hip-hop nasceu no subúrbio nova-iorquino na década de 70 e é formado, basicamente, por quatro elementos: DJ, rap, grafite e “break dance”. Por aqui, o movimento enraizou-se nos anos 80, e desde então, tem lutado para ganhar mais espaço na grade cultural do país.
Fonte: Folha de São Paulo
A lei, de autoria do vereador João Mendes de Jesus (PRB), afirma que “os artistas de hip-hop são agentes da cultura popular, e como tal, devem ter seus direitos respeitados”.
Portanto, é proibido qualquer tipo de discriminação ou preconceito, seja social, racial, cultural ou administrativa contra os integrantes do movimento.
Segundo o artigo 4º, compete à prefeitura garantir a realização de eventos como bailes e festas, assegurando ao hip-hop o “mesmo tratamento dado a outras manifestações da mesma natureza, como, por exemplo, o samba.”
A Secretaria Municipal de Cultura já incluía em sua programação o Festival de Hip Hop, que acontece mensalmente no Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, e oficinas espalhadas pela cidade.
A assessoria de imprensa da Secretaria diz que continuará promovendo o hip-hop como “qualquer manifestação cultural, sem qualquer discriminação, mantendo-se sempre focada na difusão da cultura na nossa cidade”.
O hip-hop nasceu no subúrbio nova-iorquino na década de 70 e é formado, basicamente, por quatro elementos: DJ, rap, grafite e “break dance”. Por aqui, o movimento enraizou-se nos anos 80, e desde então, tem lutado para ganhar mais espaço na grade cultural do país.
Fonte: Folha de São Paulo
segunda-feira, 2 de julho de 2012
SOUNDCLOUD ESTILO PERIFERIA
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